“Bolsonaro quer inflamar o debate público com questões falsas”, diz Lupi


Bruno Ribeiro
23/05/2022

Para o presidente nacional do PDT, o bolsonarismo deseja ainda ocultar os erros acumulados desde 2019

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que Jair Bolsonaro “quer inflamar o debate público com questões falsas” para ocultar os erros acumulados pelo “desgoverno” nos últimos quatro anos. Durante entrevista ao programa Faixa Livre, da rádio Bandeirantes do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (23), o pedetista evidenciou a ocorrência de crimes lesa-pátria pelo Palácio do Planalto.

Com ataques diretos a pautas identitárias, como gênero e religião, Bolsonaro busca desviar, segundo o pedetista, a atenção da população de problemas urgentes gerados e potencializados nos últimos quatro anos.

“Bolsonaro quer inflamar o debate público com questões falsas, que não dizem respeito aos verdadeiros desafios a serem enfrentados. Temos que estar sempre atentos e manter o foco naquilo que o povo precisa: inflação, preços da carne, gasolina e gás, desemprego e salário congelado”, pontuou, ao citar que uma parcela do eleitorado se liga ao chefe do Executivo “pela ignorância”.

Sobre a política de privatizações que Bolsonaro deseja acelerar antes das eleições, Lupi avaliou que a “entrega do controle da soberania nacional” configura “crimes de lesa-pátria”,

“Agora, querem privatizar a Eletrobras. Estão anunciando a privatização da Petrobras. Isso são os maiores ativos financeiros que o Brasil tem”, afirmou.

O pedetista criticou, complementarmente, a tentativa de repasse, pelo governo federal, de informações e acessos estratégicos ao setor privado, conforme evidenciado no acordo, sem detalhes divulgados oficialmente, com o empresário Elon Musk para atuação na região amazônica.

“O controle de sistemas de satélites, na Amazônia, é soberania nacional. [O repasse] é escuso, é gravíssimo contra o Brasil. Um absurdo, um crime. Nós vamos tomar todas as medidas parlamentares e jurídicas”, alertou, indicando a entrada de novas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a efetivação das tratativas.

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