Avaliação do pedetista indica que crise dos combustíveis seguirá sem solução com Bolsonaro no poder

No dia (20) em que a Petrobras anunciou a distribuição de R$ 24 bilhões em dividendos, o presidente da estatal brasileira, José Mauro Coelho, pediu demissão. Para o pré-candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, a movimentação não resolverá a crise vinculada aos combustíveis no país, pois a mudança necessária precisaria ocorrer no Palácio do Planalto.

“Cai mais um presidente da Petrobras. E a situação vai ficar a mesma. Pra resolver a situação, o presidente que deveria sair era outro: o Brasil sabe muito bem quem é!”, afirmou Ciro, no Twitter.

Com o novo aumento no preço da gasolina (5,18%) e do diesel (14,25%), que foi divulgado pela empresa pública na última quinta-feira (16), Ciro apontou que Bolsonaro espera transferir o ônus político gerado pelo impacto econômico da política de preços dos combustíveis.

“O teatro canalha que Bolsonaro tá fazendo com o aumento dos combustíveis, querendo culpar outros quando ele é o principal culpado, mostra mais uma vez o que ele é. A Petrobras faz o que quer porque Bolsonaro não sabe o que quer. É frouxo, mentiroso, traidor e enganador”, disse.

“Temos uma empresa pública imperial e insensível ao sofrimento do povo. E um presidente banana que não se impõe”, completou.

Rentabilidade antissocial

No primeiro trimestre deste ano, a companhia reportou lucro de R$ 48,5 bilhões. O governo federal, maior acionista com 36,6% do capital total, receberá R$ 17,7 bilhões.

Após a quitação da primeira parcela (24 bilhões) da remuneração, nesta segunda-feira (20), a Petrobras pretende pagar o saldo restante (R$ 24,5 bilhões) em 20 de julho.

Em 2021, a distribuição atingiu um valor recorde: R$ 72,7 bilhões.