David Miranda pede informação ao ministro da Justiça sobre moatociata com Allan dos Santos


PDT na Câmara
20/06/2022

Parlamentar questiona o motivo de o ministro não ter informado à polícia internacional sobre a presença do bloqueiro

Requerimento de Informação (RIC 439/22) do deputado David Miranda (PDT-RJ) pede explicação ao ministro da Justiça, Anderson Torres, sobre participação do blogueiro Allan dos Santos em motociata, em 11/06, organizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, em Orlando, na Flórida, Estados Unidos.

No documento, o parlamentar questiona o motivo de o ministro não ter informado à polícia internacional, a Interpol, a localização de Allan dos Santos, procurado pela Justiça brasileira.

“Sem o mínimo constrangimento, ao mesmo tempo em que tenta criar dificuldades ao processo de extradição, o presidente Bolsonaro prestigia o seu assecla e parece valer-se de sua atuação e serviços em território estadunidense. Não é possível ficar indiferente ao ultraje às instituições brasileiras que representou a participação ostensiva do senhor Allan dos Santos numa motociata em Orlando, organizada por simpatizantes do governo, no último dia 11 de junho”, diz o parlamentar no pedido.

Em outubro do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes atendeu a pedido da Polícia Federal e determinou a prisão de Allan dos Santos. Ele é investigado em dois inquéritos: o das Fake News e sobre participação em milícias digitais que ameaçariam a democracia brasileira.

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o ministro da Justiça negou que tenha visto Allan dos Santos e se negou a dar mais explicações. “Eu não estive com esse cidadão, eu não vi esse cidadão nos Estados Unidos. Não tenho o que responder a respeito disso”, disse Torres

“Diante da conivência do Governo brasileiro com a atuação ilegal e mesmo afrontosa do Senhor Allan dos Santos é imperativo que o Ministro da Justiça preste esclarecimentos quanto ao processo de extradição e explique, adicionalmente, o estado de aparente abandono a que foi relegado o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional na estrutura do seu Ministério, depois dos episódios envolvendo o referido processo de extradição”, justifica David Miranda.

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