Pelo povo, os movimentos do PDT enfrentam o Bolsonaro”, diz Jordaci Matos


Por Bruno Ribeiro / FLB-AP
29/07/2020

Representantes do Movimento Comunitário Trabalhista participaram de debate virtual da Fundação

“O nosso lado é o do povo. Vamos batalhar para finalizar o atual governo federal. Fora Bolsonaro!” Com um discurso mobilizador contra os retrocessos apresentados no Palácio do Planalto, o presidente nacional do Movimento Comunitário Trabalhista (MCT), Jordaci Matos, enalteceu a relevância das representações do PDT durante a edição virtual do ‘Quartas Trabalhistas’, na noite deste 29 de julho.

Mediado pelo presidente nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e transmitido pelo Estúdio Legalidade nas redes da organização pedetista, o encontro reuniu lideranças do MCT, incluindo a presidente no Amazonas, Pedrinha Lasmar, o secretário-geral em Pernambuco, Manoel Sátiro, a diretoria jurídica do MCT, Renata Gabert, além de representantes nacionais dos demais movimentos, como a presidente nacional do PDT Diversidade, Amanda Anderson.

Ao abrir o debate, Dias fez questão de destacar o diferencial apresentado pela sigla ao contar com elos efetivamente presentes e estruturados. Para ele, a representatividade na ponta reafirma o compromisso com os excluídos e vulneráveis.

“Em um partido trabalhista como o nosso, representam a principal vertente, pois estão envolvidos diretamente com o cidadão. O povo tem que ser organizar e o caminho são os movimentos. E os núcleos de base despontam como uma ferramenta facilitadora fundamental”, comentou, ao completar: “Com conhecimento, as camadas populares deixarão de ser massa de manobra, pois compreenderão a realidade. Para isso, a Universidade Aberta Leonel Brizola está disponível para difundir as informações gratuitamente.”

Na sequência, Jordaci Matos valorizou o apoio da FLB-AP durante a construção dos diretórios regionais, que, atualmente, já estão organizados em 18 estados. Sobre o processo de canal de interlocução da sociedade com os poderes constituídos, o presidente do MCT reafirmou as pautas prioritárias e os métodos para garantir resultados consistentes e positivos.

“O movimento social é reivindicatório. As lideranças carregam as bandeiras do povo, que estão nas periferias. É uma batalha diária por questões urgentes, como a reforma urbana. O direito à habitação digna é só um dos direitos suprimidos, em geral, pelo poder público”, afirmou, indicando exceções, como as gestões de Leonel Brizola como governador do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

No contexto brasileiro, Jordaci ainda abordou ações do MCT visando a contribuição nos processos eleitorais de 2020 e 2022; o incentivo à nucleação; a presença na Frente Antifascista; a luta contra as privatizações e o Marco Regulatório da Água, além da mobilização para realizar o primeiro congresso nacional do movimento.

Para Pedrinha Lasmar, o impacto da pandemia na rotina dos movimentos foi intenso, o que gerou uma restrição no diálogo e contato, mas amenizada com o uso da tecnologia, principalmente no interior do país. Apesar do afastamento físico temporário, ela ratifica a relevância da participação do brasileiro na política.

“Vamos fortalecer os trabalhos sociais, com destaque para a luta sindical. Estaremos, cada vez mais, presentes para dar a nossa contribuição para a comunidade. O povo precisa estar mais próximo do processo político para buscar suas demandas e acompanhar a rotina dos seus representantes públicos”, assegurou.

Citando o cenário positivo encontrado em Pernambuco, Manoel Sátiro projetou que o PDT está reunindo condições para crescer não só em nível estadual, mas também nacionalmente a partir da integração entre os movimentos e a sociedade.

“É a luta democrática em prol dos que mais necessitam: o povo. Com os núcleos de base, a gente poder dar um salto ainda maior nos resultados, pois podemos atuar em diversos segmentos, como entre jovens e idosos, mas também discutir demandas das cidades em áreas da saúde, educação e infraestrutura”, pontua.

Com uma análise do cenário eleitoral, Renata Gabert abordou as perspectivas da sigla no processo de definição das candidaturas e de construção de plataformas de campanha condizentes com as bandeiras trabalhistas. Para ela, engajamento da população deve ser fomentado pelo comunitarismo via núcleos de base.

“Com todas as dificuldades na sociedade brasileira, devemos fortalecer o exercício da cidadania. Precisamos ocupar espaço e a melhor prática é através do agrupamento de pessoas em torno de um interesse comum. E é esse o lugar que precisamos sempre estar a partir dos movimentos, como o Comunitário”, esclareceu.

Para conferir o programa, na íntegra, acesse o canal da Fundação no Youtube:

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