Ao longo dos anos, o trabalhista assumiu papéis de destaque nos governos Brizola e foi revisor dos Tijolaços

Morreu na manhã desta sexta-feira (19), aos 79 anos, o jornalista Apio Gomes em Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Casado com Jacira e pai de Lucas e Felipe, o trabalhista era filiado ao PDT desde 1981 e, ao longo dos anos, assumiu papéis de destaque nos governos Brizola no Estado fluminense.

Personalidade de destaque, foi Chefe de Gabinete de Wagner Teixeira na Riotur, ainda em 1982. Depois se tornou revisor dos “Tijolaços”, escritos por Brizola com ajuda de Fernando Brito. Já no segundo governo Brizola, Apio era integrante da Secretaria de Imprensa do Governo, ao lado de Osvaldo Maneschy.

Nos últimos anos, Apio se dedicava a organização de vasto material deixado por Brizola, entre artigos, entrevistas e os próprios Tijolaços. Ao lado do também jornalista e amigo Osvaldo Maneschy, organizou o livro “Leonel Brizola, pensamentos conclusivos”, publicado em 2011 pelo Nitpress.

Em seu último trabalho, mergulhou com o afinco e competência – que lhe eram marcas – no Centro de Memória Trabalhista (CMT), onde organizou todos os Tijolaços do Brizola. O trabalho culminou com o especial dos Cadernos Trabalhistas sobre textos do fundador do partido. Há mais dois livros de Tijolaços para serem publicados pelo órgão vinculado à Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP).

Nas redes sociais, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, lamentou a perda do expressivo quadro trabalhista, que completaria 80 anos em outubro próximo.

“Perdemos, esta manhã, Apio Gomes, no Rio. Companheiro de primeira hora e grande conhecedor do legado de Brizola, era nosso colaborador na comunicação do PDT. Vá em paz, amigo. Nossa luta continua neste plano com o valoroso trabalho deixado por você”, declarou.

Sepultamento

O enterro está programado para este sábado (20), às 14h, no cemintério Jardim da Saudade, que fica localizado na Avenida Carlos Pontes, 500, Jardim Sulacap, na Zona Oeste da capital.