Em 1952, Vargas exaltou a importância do “voto livre” para o governo trabalhista


Bruno Ribeiro
20/09/2022

Presidente da República discursou durante evento com sindicalistas no Rio Grande do Sul

Diante de sindicalistas no Rio Grande do Sul, o presidente da República, Getúlio Vargas, defendeu a importância do “voto livre” para o governo trabalhista no processo de desenvolvimento social e econômico do Brasil. O discurso, em 20 de setembro de 1952, apontou a ofensiva na direção do fortalecimento da pauta popular, que inclui os direitos amparados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desde 1943.

“Impõem-se a vossa preparação definitiva, trabalhadores do Brasil, para participar efetivamente, no Governo, através do voto livre. Nas democracias, o governo se constitui pelo voto da maioria; e vós sois, incontestavelmente, a maioria do povo brasileiro”, afirmou Vargas, ao longo da manifestação resgatada pelo Centro de Memória Trabalhista (CMT) através do podcast “A Voz Trabalhista”.

“Só com a conquista, no poder, tereis oportunidade para empreender a grande reforma alicerçada em bases de segurança econômica e justiça social. Essa reforma terá de vir, não pela revolução, mas pela evolução”, completou.

Na segunda gestão, Vargas ratificou o compromisso de efetivar o progresso da nação através de um pilar que julgava fundamental: o diálogo entre capital e trabalho. E o elo fundamental para materialização, segundo ele, era “o apoio e a compreensão das massas trabalhadoras”.

“Queremos, sim, a cooperação harmoniosa e cordial, em termos de igualdade e de respeito mútuo, entre o capital e o trabalho: um florescendo livremente no vasto campo oferecido à sua iniciativa criadora; e o outro, ao abrigo da insegurança e da opressão econômica, beneficiando de uma justa partilha dos frutos dos empreendimentos comuns”, relatou.

“Preciso dessa solidariedade e dessa compreensão, preciso de vossa cooperação ativa e vigilante, para que o patrimônio dos trabalhadores do Brasil, que é a legislação social à qual tive o orgulho de ligar o meu nome, não pereça na conjuração dos interesses egoístas”, indicou.

Para conferir trechos do discurso em áudio, clique aqui.

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