“É hora de unir os democratas”, afirma Lupi


Da Redação
29/04/2021

Com lideranças partidárias, o presidente do PDT enfatizou que diferenças são secundárias neste momento

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, reforçou, nesta quarta-feira (28), a necessidade de integração das representações do campo democrático, apesar das divergências programáticas, para afastar o presidente da República, Jair Bolsonaro, e superar a sistêmica crise instalada no Brasil. “A prioridade é garantir a democracia e derrotar Bolsonaro”, enfatizou, na “Live do Trabalhador” conduzida pelo presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do PDT na cidade de São Paulo, Antonio Neto.

“Destruir ele já está fazendo, é fácil. Reconstruir é uma tarefa para todos. Agora, é hora de unir os democratas. Todos os democratas desse país têm que colocar, para segundo plano, as possíveis diferenças. Se a gente tem diferença, ela é secundária”, afirmou, com citação ao Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) iniciado por Getúlio Vargas e encaminhado por Ciro Gomes, pré-candidato pedetista ao Palácio do Planalto.

Durante o debate com o presidente do Cidadania, Roberto Freire, o vice-presidente do PSB, Beto Albuquerque, o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino e o vice-presidente do PSDB e deputado federal, Domingos Sávio, Lupi reiterou a relevância da CPI da Covid-19, instalada no Senado Federal, para averiguar e evidenciar os responsáveis pelo caos da pandemia.

“Investigue, com profundidade, doa a quem doer. E que os responsáveis, por esse descaso que a gente está tendo com o povo brasileiro, sejam punidos exemplarmente. Para aí, a gente começar a reconstruir a nação que a gente sonha. Cada um com sua visão de mundo e respeitando as instituições democrática”, indicou.

Determinação

O principal culpado pelas milhares de mortes, segundo o pedetista, é Bolsonaro “pela irresponsabilidade, por virar as costas para a ciência e para as recomendações da Organização Mundial de Saúde”. Ele espera ainda que o presidente seja preso: “Esse homem tem que ir para a cadeia um dia.”

“Chegamos na véspera do Dia do Trabalhador com tanto sofrimento, descaso, desrespeito à cidadania, desemprego, miséria, gente na rua pedindo ajuda e brasileiros morrendo pela incompetência, despreparo e ignorância do governante [Bolsonaro]. Isso é muito grave”, constatou.

“Nós temos um presidente da República que manipula o pensamento de parcela da sociedade. A cada dia inventando, através das suas redes sociais e fake news, mentiras. A cada vez rindo, gozando, da miséria e da morte”, completou.

Em referência às bandeiras do PDT fomentadas por representantes históricos do trabalhismo, como Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, Lupi mostrou que a saída passa, predominantemente, pelo investimento em educação – com projeto de Estado, e não somente de governo – para estimular a consciência popular e o combate democrático nas gerações de brasileiros.

“Precisamos educar e formar a nossa gente. Nós precisamos fazer o povo brasileiro entender o mal que esse cidadão está fazendo à nação”, disse, ao destacar o diálogo com o público evangélico, que é abordado intensamente pelos bolsonaristas com distorções de conceitos bíblicos.

“Nós somos a resistência que garantiu a democracia e que vai continuar lutando pela soberania nacional e pela pátria do povo brasileiro com todas as nossas forças. E, nesse momento, todos temos que estar juntos”, concluiu, diante da necessidade de resgatar e ampliar a diplomacia internacionalmente contra a extrema direita, inclusive com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Para acompanhar a íntegra do debate, clique aqui.

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