De acordo com o deputado federal Damião Feliciano (PDT-PB), a violência nas escolas e universidades públicas e privadas deixou de ser apenas um fenômeno a ser enfrentado. Para ele, o que era tido como algo pontual, ganhou ares de um grande problema a ser combatido, principalmente após os últimos casos repercutidos pela mídia.

Para encontrar uma solução para o tema, o pedetista solicitou a realização de uma audiência pública junto à Comissão de Educação da Câmara, já aprovada pelo colegiado. Embora a data ainda não tenha sido definida, diversos especialistas já foram convidados para o debate.

O deputado comentou dados levantados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o quais apontam que o Brasil lidera o ranking de violência contra o professor. A pesquisa do organismo, referente a aprendizagem, entrevistou mais de 100 mil professores em todo o mundo.

“No Brasil, 14.291 professores responderam ao questionário, além de 1.057 diretores de 1.070 escolas e, segundo a pesquisa, 12,5% dos docentes brasileiros responderam que sim. Esse levantamento apontou que o Brasil lidera entre 34 países com maior número de casos de violência contra professores”, frisou.

Foram convidados para o debate a Secretária de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva; a socióloga e coordenadora da Área de Estudos sobre Juventude da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco), Miriam Abramovay, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Manoel Gomes Araújo Filho, a presidente-executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Fonseca da Cruz, a autora do livro “Professor Desencantado: Matizes do Trabalho Docente”, Jussara Pascoalino, e o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha.