Ciro condena Bolsonaro e Dória pelo uso político da vacina contra Covid


Por Bruno Ribeiro / PDT-RJ
18/01/2021
Para o pedetista, governantes deveriam ser responsabilizados pelos impactos gerados, no Brasil, durante pandemia

“Não é possível fazer carnaval sobre uma obrigação mínima.” O vice-presidente nacional do PDT,  Ciro Gomes, condenou Jair Bolsonaro e João Dória por usarem o desenvolvimento, produção e distribuição da vacina CoronaVac como ferramenta de geração de capital político. Durante a entrevista para José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (18), o pedetista indicou que o desespero da população, com o Covid-19, virou estimulante central na disputa demagógica entre o presidente da República e o governador de São Paulo.

“Para você ver o nível de canalhice que o Brasil tem sido governado pelo Bolsonaro e por esses politiqueiros que fazem da tragédia do Covid, da economia brasileira, um palanque eterno sem disciplina, sem respeito aos quase 210 mil mortos contados”, criticou.

“Não é brincadeira a falta de responsabilidade do Bolsonaro e do Pazuello, que é um canalha incompetente – os dois, na minha opinião -, deveriam ser cassados e presos, se o Brasil fosse um país sério, pelo genocídio que estão promovendo”, afirmou, ao completar: “E o Dória, que está fazendo uma mistificação de propaganda, ‘marketagem’, em cima de um assunto tão grave.”

Imunização

Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou emergencialmente lotes importados dos imunizantes CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvido pela Fiocruz e Universidade de Oxford, bem como fabricado na Índia.

Ao valorizar as aprovações, que representam “a vitória da ciência sobre o negaciosismo”, Ciro fez questão de alertar para o real cenário do processo imunizatório, se considerado o volume disponível diante da estimulada expectativa propagada pelos governos paulista e federal.

“A Anvisa autorizou apenas seis milhões de doses importadas da China e dois milhões de doses que seriam importadas da Índia. O Brasil iria mandar o avião, mas a Índia não tinha sido avisada. Então, mandou desfazer”, explicou, mencionando o atraso brasileiro em relação à maioria dos países por todo o mundo.

“Seis milhões de doses, em um país que tem 209 milhões de pessoas precisando ser vacinadas, é muito, mas não é nada para justificar essa farra irresponsável, ‘marketológica’ e demagógica. Enfim, a meu juízo, canalha”, ratificou.

Confira a entrevista completa a partir do 30º minuto do vídeo:

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