“CIEP garantiu minha educação de qualidade”, afirma o farmacêutico, Lucas Ribeiro


FLB-AP/Bruno Ribeiro
21/06/2017

Recurso para educação é investimento, e não custo. Assim, Leonel Brizola guiava sua gestão que marcou gerações tanto no Rio Grande do Sul, quanto no Rio de Janeiro, ambos estados governados pelo pedetista. Para exaltar esse legado de sucesso na data que marca os 13 anos sem o gaúcho de Carazinho, conversamos com Lucas Ramos Ribeiro, 27 anos, farmacêutico e morador da pequena cidade de Sumidouro, na Região Serrana fluminense.

Filiado ao PDT, o militante tem orgulho de dizer que sua base escolar ocorreu no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP), idealizado pelo então governador do estado, Leonel Brizola, nas décadas de 1980 e 1990, em conjunto com o antropólogo Darcy Ribeiro, e projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

O projeto buscava oferecer ensino público de qualidade em período integral aos alunos da rede estadual. Além de refeições completas ao longo do dia, os alunos contavam com atividades complementares e atendimento médico e odontológico.

Confira a entrevista com o jovem pedetista:

O que representa ter estudado no CIEP?

Estudar no CIEP é saber que o governo se importa com a método de ensino educacional completo, mas muito além disso é saber que você faz parte de um projeto de formação de um cidadão com valores.

Como era o ensino?

O ensino sempre foi de qualidade. Além da formação, tínhamos alimentação, segurança e tratamento de saúde como rotina. Um projeto fantástico de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro que nunca poderia ter sido abandonado pelos governantes que vieram na sequência. O CIEP deveria ser aplicado em todo o Brasil.

Admira Leonel Brizola?

Sim, com toda certeza. O nosso líder, na minha concepção, foi o maior político brasileiro que já existiu. Não era apenas um político, mas um idealista e visionário que sonhava com uma sociedade mais justa. Sua visão política era de uma construção de uma sociedade digna, pois não fazia ações somente para curto prazo, mas entendia que era necessário investir no futuro em médio e longo prazo.

Entendia que o Brasil deveria ser construído com respeito e igualdade, pensando nos  desfavorecidos, criando métodos para que os mesmos pudessem ter a igualdade social dentro de um socialismo democrático. Fazia políticas públicas, não politicagem. Nesse sentido, o ideal trabalhista é a base de uma garantia digna ao trabalhador brasileiro.

Qual a razão para se filiar ao partido?

Vejo, no PDT, algo muito além de um partido político, mas um grupo de pessoas que seguem uma ideologia de construção de uma sociedade democrática justa e visando, sempre, a integração e o respeito social. A sigla respeita as diferenças e, ao mesmo tempo, não é extremista e sabe ponderar os valores familiares. Essa história é algo que me comove.

E sua atuação partidária?

Sou filiado desde 2016 e já participei das últimas eleições municipais, onde concorri ao cargo de vereador. A cidade, de 15 mil habitantes, tem nove vagas para o cargo e contou com cerca de 70 candidatos. Fiquei na 9ª posição e não entrei por causa do sistema proporcional de legenda, mas fiquei como 1º suplente e o mais votado do PDT no município. Com uma campanha lançada curta, obtive 409 votos de um total de 11.412 votos válidos.

Como avalia a situação política nacional?

A política nacional está, no geral, sem credibilidade. A maioria dos partidos fazem acordos para firmarem alianças que apenas se autobeneficiam. Com isso, perderam a essência do real papel de um político e criaram uma crise política que afeta diretamente a economia e os avanços sociais.

A corrupção se estende nos poderes legislativos, executivos, judiciários e com participação da iniciativa privada. Formaram um golpe para a retirada da presidenta Dilma Rousseff, onde não houve a real preocupação de um erro administrativo, mas sim com negociações para tomada do poder. O país necessita urgentemente de um governante com ficha limpa, inteligência, competência e que aplique os seus ideais com plano de gestão e governabilidade para levar à sociedade uma gestão compartilhada.

É um momento fundamental para o PDT liderar o campo popular?

O PDT tem uma longa história de militar com o povo. Por isso, nada mais justo que um posicionamento forte e idealista, pois a omissão e a covardia nunca serão as verdadeiras representações que uma sociedade justa espera. É momento de fortalecer o Ciro Gomes em um eleição direta. O governo ilegítimo de Michel Temer não pode perdurar.

Como avalia a pré-candidatura de Ciro Gomes a presidente da República?

Acho a pessoa mais preparada para assumir a Presidência. Sabe governar, respeita as diferenças e luta pelo socialismo real que o Brasil precisa. Ele prioriza a igualdade econômica e defende os direitos do povo. Décadas na política e nenhum envolvimento com atos ilícitos. Ou seja, levou a sério sua carreira e está preparado para nos representar. Mais do que um candidato ficha limpa, uma pessoa que sabe do que o cidadão precisa com as convicções e ideologias de Leonel Brizola.

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