Em Niterói, Solar do Jambeiro inaugura exposição pelos 100 anos de Leonel Brizola


Osvaldo Maneschy
11/05/2022

A partir do dia 24, público poderá acompanhar a homenagem organizada pela prefeitura 

Os 100 anos de nascimento de Leonel Brizola serão tema da exposição “Os caminhos a gente encontra caminhando”, que a prefeitura de Niterói, através do Centro Cultural Solar do Jambeiro, inaugura no próximo dia 24, às 18 horas, no bairro de São Domingos.

Em 15 banners com fotos e textos será mostrada a trajetória de Brizola de estudante pobre ao político que liderou a Campanha da Legalidade de 1961 que garantiu a posse do presidente João Goulart e, pelo voto popular, governou dois estados – Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – tendo sempre a educação pública de qualidade como principal meta de trabalho.

Herdeiro político de Getúlio Vargas e do presidente João Goulart, Brizola tornou-se o principal inimigo dos vencedores do golpe de 1964, passou 15 anos no exílio e, na volta, disputou por duas vezes a presidência da República. Não chegou lá, mas morreu em 2004 na ‘cancha’, na luta por um Brasil soberano e justo com todos os seus filhos.

Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922 e na exposição o visitante terá visão da importância que Brizola dedicava à Educação, à construção de escolas: mais de sete mil, em dois Estados e de sua batalha histórica pela reforma agrária; além de sua parceria com Darcy Ribeiro na criação das revolucionárias escolas de horário integral, os CIEPs, nas duas vezes que governou o Rio de Janeiro. E também do incentivo que deu ao programa Médico de Família, iniciado em Niterói pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, depois levado para todo o Brasil.

Espaço

O Solar do Jambeiro é um centro cultural que abriga exposições de artes plásticas, seminários, cursos sobre preservação e restauração de bens culturais, exibições de peças de teatro e de música; entre outas atividades, administrado pela Fundação de Arte de Niterói (FAN), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura de Niterói.

Construído em 1872, a partir da desapropriação dele pela prefeitura de Niterói, em 1997, começaram os restauros no prédio com o intuito de preservar sua integridade física e restaurar seus aspectos históricos e arquitetônicos, motivadores de seu tombamento federal, pelo IPHAN, em 1974.

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