PDT celebra 42 anos de fundação e centenário de Leonel Brizola


Bruno Ribeiro
26/05/2022

Na Alerj, sessão solene mobiliza centenas de lideranças e militantes trabalhistas

Com emoções e sentimentos combinados, a sessão solene promovida pelo PDT nesta quinta-feira (26), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), celebrou os 42 anos de fundação do partido e o centenário de nascimento de Leonel Brizola.

Idealizada pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em conjunto com a deputada estadual Martha Rocha, a homenagem mobilizou, no plenário da nova sede do parlamento fluminense, centenas de lideranças e militantes, incluindo dos movimentos de cooperação.

Entre discursos e aplausos, a reconhecida relevância do legado construído pelo trabalhismo através dos seus representantes, como Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola.

Recordando processos históricos, Martha Rocha exaltou o perfil revolucionário do ex-governador do Rio de Janeiro ao citar seu comprometimento com as causas populares.

“Com o ambicioso projeto dos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), ofereceu escola de tempo integral para crianças e jovens, além de tantos outros projetos, como os habitacionais”, disse, ressaltando a parceria de sucesso com o ex-senador Darcy Ribeiro.

“Entendemos seus feitos e ideias através do campo trabalhista. Ele dedicou sua vida em prol do campo popular. […] Sempre buscou um Rio e Brasil menos desiguais e mais justos. Por isso, hoje e sempre, vamos dizer: viva o trabalhismo, viva Brizola”, completou, ao entregar diplomas da Casa que leva o nome do fundador do PDT.


Considerando Brizola uma referência na sua trajetória política, o pré-candidato ao governo do estado pelo PDT, Rodrigo Neves, mencionou Ciro Gomes ao elencar as características brizolistas, como o amor ao país.

“Brizola é uma das maiores lideranças políticas desse país e um gestor exemplar. É o fio da história de Getúlio Vargas, o maior presidente da República do Brasil”, colocou, relatou o ex-deputado estadual, ao elogiar o prefeito de Niterói e seu sucessor, Axel Grael.

“Se não tivessem acabado com os Cieps, não estaríamos perdendo tantos jovens para o crime. No centenário de Brizola, nós vamos resgatar todos os Cieps que estão abandonados”, acrescentou.

Exaltação

Para o coordenador de Trabalho e Renda de Niterói, Brizola Neto indicou que as ideias do seu avô “continuam não só atuais, como necessárias”.

“Diante da realidade caótica, com as possíveis privatizações da Eletrobras e Petrobras, precisamos reafirmar o legado de Brizola. Com coragem para enfrentar os poderosos, ele colocou a vida em risco na Campanha da Legalidade. E, pela marca da coerência, Brizola tinha um norte: a carta testamento de Getúlio Vargas, onde efetivou a proteção da soberania nacional e do povo excluído”, pontuou.

“O Brasil precisa ser um país que gere efetivamente oportunidades para o seu povo. […] O caminho passa pela vitória de Ciro Gomes, com o projeto de desenvolvimento. E, no Rio, Rodrigo Neves vai colocar de pé novamente o legado de Brizola”, concluiu.


Indicando o espírito indomável de Brizola, a ex-deputada federal Lígia Doutel de Andrade ratificou seu comprometimento com a democracia, o progresso social e a soberania nacional.

“Em tempos de violência em que vivemos, é um privilégio participar deste ato em prol de um herói da pátria. Brizola é exemplo permanente e fonte inesgotável de inspiração. Foi um cidadão para além do seu tempo. Jamais teve medo das palavras. Falava de peito aberto e sinceridade. Assim, tocava corações e mobilização multidões”, salientou, ao fazer menção a Ciro Gomes, pré-candidato a presidente da República pelo PDT, e o Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND).

Citando o legado de Brizola, que construiu mais de 6.500 escolas no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, Trajano RIbeiro, signatário da Carta de Lisboa e membro do Diretório Nacional do partido, classificou os projetos de ensino público como a maior inciativa educacional já implementada no Brasil.

“Existe estados antes e depois de Brizola. Construiu mais de 6 mil escolas gaúchas e 500 Cieps no Rio. […] Destruíram os Cieps, mas o Rodrigo Neves vai recupera“, opinou.

Sobre a crise da segurança pública fluminense, Ribeiro abordou a diferença entre os governos brizolistas e a atual gestão de Cláudio Castro.

“Estamos diante de dois recentes massacres. Se o Brizola fosse governador, isso jamais aconteceria. Não existe pena de morte no Brasil. Todos têm direito de defesa”, assegurou, sendo ratificado por Augusto Ribeiro, presidente do partido na capital.

O evento também contou com as presenças do deputado federal Paulo Ramos; do pré-candidato ao Senado, babalawô Ivanir dos Santos; do tesoureiro nacional do partido, Marcelo Panella; dos presidentes nacionais do Movimento Trabalhista pela Educação e PDT-Axé, professora Maria Amélia e Marcelo Monteiro; do secretário-geral estadual da sigla, Ismael Lisboa; do vice-presidente municipal da sigla na capital, Antonio Albuquerque; dos presidentes estaduais da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Movimento Negro e Juventude Socialista (JS) e Ecotrabalhismo, Elaine Chaves, Luiz Eduardo Negrogun, Matheus Novais e Luis Moreira, respectivamente, bem como do ex-deputado federal Miro Teixeira e do professor da UERJ, Carlos Siqueira de Castro.

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