Lupi prevê resposta democrática a Bolsonaro: “Vamos derrotá-lo nas urnas”


Bruno Ribeiro
06/07/2022

Na Internacional Socialista, presidente do PDT repudia governo negacionista do Brasil e invasão russa

Na abertura da série de reuniões da Internacional Socialista (IS) em Genebra, na Suíça, nesta quarta-feira (6), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, projetou a retirada democrática de Jair Bolsonaro da Presidência da República do Brasil através das eleições de outubro.

“Até o final do ano, vamos derrotá-lo nas urnas”, previu, com referência ao presidenciável pedetista, Ciro Gomes, durante diálogo com os demais vice-presidentes da organização.

Ao exaltar o essencial trabalho dos profissionais de saúde na pandemia da COVID-19, Lupi destacou o enfrentamento às ações negacionistas de Bolsonaro, que geraram mais de 600 mil mortes desde 2020.

“Nosso presidente, que é um ditador autoritário, sempre trabalhou contra a vacina, desmoralizando a saúde pública. […] Boicotou, não se vacinou e, diariamente, ia na televisão para pregar que a vacina não tinha efeito”, pontuou.

“Peço à Internacional Socialista que faça um registro de aplauso a esses profissionais. São heróis nessa pandemia”, acrescentou, ao propor a realização de um futuro encontro da organização no Brasil.


Batalha na Europa

Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, Lupi criticou os ataques organizados pelo presidente russo Vladimir Putin. Para ele, a “guerra é a prova cabal da falência do ser humano”.

“Nenhuma guerra se justifica, em nenhum nível. Não se pode definir ideologia por invasão de um povo, do mais forte sobre o mais fraco”, afirmou o líder pedetista, que estava acompanhado do secretário-adjunto de Relações Internacjonais do partido.

Resgatando posições similares sobre outras disputas geopolíticas, Lupi também propôs a aprovação de repúdio ao governo russo até a conclusão das atividades, na sexta-feira (8).

“Nesse congresso da Internacional, condenei há anos a invasão que os americanos queriam fazer na Venezuela e em Cuba. Da mesma forma, condeno a Rússia por essa invasão”, concluiu.

Compartilhe: