Com o Projeto Nacional de Desenvolvimento, presidente do PDT busca diálogo permanente com a população
“Queremos sair de uma polarização do ódio”, disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao colocar o seu pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes, como “nova via” a partir do Projeto Nacional de Desenvolvimento. O pedetista concedeu entrevista, nesta terça-feira (3), para a Jovem Pan News.
Sobre os atuais índices divulgados nas últimas pesquisas, Lupi destacou que Ciro Gomes apresenta, através dos votos válidos, o mesmo patamar alcançado no último pleito presidencial. Essa crescente movimentação é favorável para a possível formação de novas coligações até o período das convenções, em julho.
“Ciro volta aos 11%, 12%, se você tirar abstenções, nulos e brancos. É o mesmo percentual das eleições de 2018. Chegar a 15% não é difícil. Nós, há mais de um ano, estamos consolidados. Já tentaram várias candidaturas para se viabilizar como uma nova via […] e ninguém consegue ultrapassar o patamar que o Ciro tem”, declarou.
“Queremos um diálogo permanente com a população e o Ciro representa esse projeto. Vamos lutar para ter aliados, mas a grande aliança que a gente quer é com o povo brasileiro”, acrescentou.
Ao ratificar o presidenciável pedetista como alternativa viável, Lupi ressaltou a importância de contar com o Projeto Nacional de Desenvolvimento estruturado em uma disputa que precisa ser pautada em propostas.
“A gente diz de onde vem o dinheiro, o que vai aplicar e como vamos mudar o modelo econômico”, salientou a liderança trabalhista, que também defendeu a plena geração de emprego e renda, bem como o urgente controle da inflação.
Sobre as bases do plano de governo pedetista, Lupi reforçou a prioridade de alterar a política neoliberal, que “favorece o sistema financeiro em detrimento do produtivo” há mais de 30 anos.
“Queremos favorecer quem produz, gera emprego e faz crescimento da economia. Não concentrar, como está no Brasil, 80% do dinheiro que circula em cima de cinco bancos. […] Democratizar o sistema financeiro, como é nos Estados Unidos, onde têm estados com mais de 20, 30 bancos”, explicou.
Defesa constitucional
“O respeito às instituições é fundamental em uma democracia”, enfatizou o pedetista em uma crítica às ações bolsonaristas que afrontam o Estado Democrático de Direito. No último domingo (1), em algumas cidades do país, foi possível verificar repetidas manifestações ilegais contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Constituição Federal.
“Não é com bravata, xingamento ou indo para a rua condenar a ou b. É todo o processo legal sendo obedecido. Apresentar a defesa, esperar o julgamento, recorrer e respeitar a decisão final. Respeitar o STF é respeitar a democracia”, comentou.