Bolsonaro e seu governo cumprem o rito preestabelecido de entrega do nosso patrimônio.
A criminosa decisão de privatização da Eletrobras é mais uma ação ardilosa dos vendilhões da Pátria e da mentalidade colonizada que o Governo Federal e parte de nossa classe dominante possuem.
Nenhum país desenvolvido ou cuja soberania seja exercida em benefício de seu povo, renuncia a suas fontes enérgicas. Somente os que se comportam como vassalos aos interesses imperiais e são catequizados como párias de seu próprio povo cometem tamanha atrocidade.
Fato é que o golpe ocorrido, em 2016, vem produzindo seu resultado devastador na sociedade brasileira, onde nos tornamos a xepa dos barões internacionais doando indiscriminadamente nosso patrimônio, nosso futuro e nossa soberania.
Bolsonaro e seu governo cumprem o rito preestabelecido de entrega do nosso patrimônio. A Eletrobras é apenas a ponta do iceberg, pois a joia da coroa, a ambição da rapinagem é a Petrobras e o seu pré-sal.
O jogo de cinismo e de empulhação caminha a pleno vapor com os setores midiáticos e a nossa classe dominante cúmplices e parceiros nesse crime.
Nós, trabalhistas, que temos a história de lutas ao nosso lado, rememoramos a Carta-Testamento de Getúlio Vargas, quando ele diz “… mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém.”
Infelizmente, estamos voltando a sermos escravizados e ficarmos dependentes dos interesses não pátrios, assistindo a tudo, passivamente, com a entrega do nosso futuro.
A História se repete, com os mesmos de sempre, como advertiu Vargas, em 1954: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais” e, hoje, eles têm a presidência da república, parte do nosso poder judiciário, e parcelas significativas da sociedade que apoiam, inadvertidamente, esse crime.
É preciso reagir e lutar contra a espoliação do Brasil e contra a espoliação do nosso povo. Assim ensinou Getúlio Vagas.
Não à privatização criminosa da Eletrobras!
Mais um legado do Trabalhismo brasileiro atacado pelas aves de rapina.
Manoel Dias é secretário-geral nacional do PDT e presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP)