Desemprego, no Brasil: contraste de recordes entre PDT e Bolsonaro

Imagem: Pixabey

Por Bruno Ribeiro
01/05/2020

O taxa de desemprego alcançou 12,2% no 1º trimestre de 2020, com impacto em 12,9 milhões de brasileiros. No último semestre de 2013, o número marcava quase a metade: 6,2%. Os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), produzida pelo IBGE, mostram o antagonismo dos resultados conquistados pelas gestões do PDT e do governo Bolsonaro no mercado de trabalho.

Com uma política de perfil liberal e liderada por Paulo Guedes, Bolsonaro ampliou a reforma trabalhista de Michel Temer e seguiu com propostas de retiradas de benefícios da população, como na Reforma da Previdência e na Medida Provisória 905, da chamada “carteira verde e amarela”. Como resultado – e sem ainda contar o impacto do coronavírus – um dos recordes negativos acumulados: a população fora da força de trabalho atinge, no começo do ano, o patamar de 67,3 milhões, maior número desde o início da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012.

Já a população ocupada registrou um recuou para o patamar de 92,2 milhões, indicando uma queda de 2,5% em relação ao trimestre anterior. No total, 2,3 milhões de pessoas, maior recuo de toda a série histórica, segundo o IBGE.

Contraste

No mesmo trimestre de 2014, na gestão do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, atual secretário-geral nacional do PDT, o país contava com um índice 5 pontos percentuais (p.p) a menos: 7.2%.

Além do recorde positivo, em 2013, de 6,2%, menor taxa desde a criação da PNAD Contínua, outra marca foi acumulada: o maior número de empregados, no setor privado, com carteira assinada. Entre abril e junho de 2014, o mercado reuniu mais de 36 milhões. O volume, que desconsidera os trabalhadores domésticos, se distancia dos atuais 33 milhões.

O período do pleno emprego consolidou a vigência de políticas públicas de fortalecimento das vagas com carteira assinada, de qualificação da mão de obra, de valorização real do salário-mínimo e de modernização dos serviços de auxílio ao trabalhador. O pacote de medidas atingiu o ápice em consonância com a viável preservação da CLT, desconfigurada nos anos posteriores.

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