Ciro Gomes e PDT – Dois anos de lutas nas trincheiras do Trabalhismo


FLB-AP/Bruno Ribeiro - Foto: Alexandre Amarante
16/09/2017

“Venho para o PDT pensando nos valores que (o partido) representa ao longo da sua história”, exaltou o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, ao filiar-se, há exatos dois anos, a sigla fundado por Leonel Brizola.

Com a sede nacional, em Brasília, lotada, Ciro foi recebido por centenas de lideranças e militantes que exaltavam sua chegada. Ao seu lado, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, o secretário-geral, Manoel Dias, governadores, prefeitos, deputados e senadores.

Ao analisar a chegada de Ciro, Lupi mostrou confiança no sucesso de um projeto nacional trabalhista. “Temos uma referência nacional e em 2018 vamos ganhar as ruas e as praças para fazer Ciro Gomes presidente do Brasil”, disse Carlos Lupi.

No seu discurso, já criticava a condição econômica nacional. “A taxa de juros, condição essencial para empreender, é contra a nossa realidade. No Brasil, o trabalhador que faz uma duplicata paga 2% de juros ao mês e tem que competir com um dos Estados Unidos, que paga 2% ao ano”, disse.

“Temos que repor a questão nacional brasileira. Isso é o Trabalhismo. É o que o velho Getúlio Vargas já advertia”, ao relembrar o perfil combativo de Brizola e a necessidade de combater o ampliação das ações cruéis, segundo ele, do neoliberalismo.

Sobre o avanço do impeachment de Dilma Rousseff, ele mostrava clareza ao analisar os verdadeiros motivos e apontava o que representava o ex-deputado Eduardo Cunha. “Hoje, o moralismo (defesa do pró-impeachment) está a serviço da mais cruel imoralidade. O presidente da Câmara dos Deputados, hoje, que infelizmente representa uma maioria de corruptos, é quem tem o juízo de admissibilidade ou não do impeachment, cuja razão seria um crime de responsabilidade. Só que nós vamos enfrentá-los”, afirmou.

Sobre as intervenções externas, foi claro e direto: “Defender a democracia, ameaçada, segundo ele, por “forças hostis que não aceitaram o resultado da eleição” e que são alimentadas por forças estrangeiras que têm interesse na Petrobras e no petróleo brasileiro”, completou.

Na sequência, Dias ratificou o posicionamento do partido. “O PDT não pode rasgar sua biografia. Nós tivemos Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Não há como defender um processo que não seja democrático”, declarou, ao completar: “somos legalistas.”

Confira a íntegra do discurso:

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