Ciro defende uso da tecnologia no combate ao crime organizado no País


Por Silmara Cossolino
22/08/2018

A forma moderna de combater o narcotráfico e o crime organizado passa pela inteligência e tecnologia. A afirmação foi feita ontem pelo candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, durante entrevista ao programa Voto na Record, em São Paulo.

“Mapear o crime organizado e fazer todo o procedimento da investigação à prisão. O Brasil tem hoje metade das vagas dos presídios federais vazias e essas vagas estão ociosas”, disse.

Para o pedetista, é necessário que o País assuma uma fórmula de atacar a segurança que não seja com o Exército nas ruas.

“Hoje, os políticos sabem que o medo está no coração do povo brasileiro e não é sem razão: 63.800 homicídios aconteceram nos últimos doze meses, quase todos jovens, pobres e negros das periferias do Brasil. Diante desse medo, a demagogia política pensa que vai iludir a população com aparato. E ai joga o Exército, com jovens recrutas, que não são treinados para confrontar a comunidade onde esta um narcotraficante, um membro de facção”, defendeu.

Durante quinze minutos, Ciro foi sabatinado e teve a oportunidade de esclarecer pontos de seu programa de governo, dentre eles, relacionados à economia. Mencionou que está estudando – mas ainda não está decidido – um tributo sobre grandes transações financeiras (transitoriamente) para superar o “gravíssimo” colapso das contas públicas brasileiras.

Afirmou que o consumo das famílias é um dos motores mais importantes para reativar a economia e que pretender ofertar crédito para as pessoas que estão com o nome negativado no Serasa.

“E vou permitir que o brasileiro se livre dessa humilhação. São 63 milhões de pessoas com o nome sujo no SPC”, disse.

Com foco no empresariado, disse que o País fechou treze mil indústrias devido à política econômica nos últimos anos, além de 220 mil lojas e pontos de comercio.

“O endividamento do comercio passa dos dois trilhões. Ou seja, o Brasil precisa mudar para atender as maiorias populares, os trabalhadores, os pobres. Mas o Brasil também precisa mudar para restaurar a condição de produzir e empreender. O resto é especulação”, afirmou.

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