Bruno Cândido apresenta pré-candidatura à Alerj como ferramenta de afirmação dos direitos dos negros


Bruno Ribeiro
26/04/2022

Carlos Lupi e Ivanir dos Santos prestigiam o evento realizado no quilombo “Casa do Nando”

O advogado e militante do movimento negro do PDT, Bruno Cândido, fez uma defesa intransigente dos direitos dos negros ao apresentar a sua pré-candidatura a deputado estadual nesta segunda-feira (25), no quilombo cultural urbano “Casa do Nando”, no Centro do Rio de Janeiro.

Colocando a vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) como um canal efetivo para ampliar a busca pela justiça social, Cândido exaltou ícones, como Abdias Nascimento e Edialeda do Nascimento e destacou as presenças do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do pré-candidato ao Senado, babalaô Ivanir dos Santos.

“Presidente Carlos Lupi, Ivanir e PDT, obrigado por esse momento histórico de afirmarmos, juntos, os direitos da população negra e periférica em oposição à política de ódio que tem impedido não só a vida, mas também a dignidade que a ela é fundamental”, explicou.

“Ontem Brizola, Abdias, Edialeda, Caó e tantos outros quadros sentiram orgulho de nós”, acrescentou.

No seu discurso, Lupi fez uma análise da contínua luta trabalhista em prol das causas sociais e da origem popular e democrática do partido criado em 1979.

“Quero que esse partido seja sempre digno da história de líderes como Leonel Brizola, Abdias, Edialeda, Caó e Lélia. […] Tanta gente que fez esse partido ter essa sintonia popular. Sempre buscamos ter uma coerência de identidade com a voz de quem mais precisa da gente: o povo”, afirmou Lupi.

“Somos um muro intransponível contra qualquer tipo de discriminação e intolerância. Temos que ser a voz de quem mais precisa. Gritamos sempre por justiça”, destacou.

Ivanir dos Santos citou, como exemplo de sucesso, os governos de Leonel Brizola no estado fluminense. O fundador do PDT revolucionou, segundo ele, com concretas políticas raciais e de gênero, além da eleição de uma bancada plural para a Assembleia e o Congresso Nacional.

“Os negros e as mulheres foram secretários de Estado e tiverem poder. Isso há 40 anos atrás. E veio também o projeto educacional, os Cieps, que eram escolas de qualidade e com horário integral para as nossas crianças”, relatou, ao finalizar: “Brizola tinha compromisso com as nossas causas”.

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