Homenagem diante do Palácio Piratini contou com a presença de Juliana Brizola, deputado Pompeo de Mattos e outros trabalhistas históricos
O ministro da Previdência e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, celebrou no último sábado (21/1) os 101 anos de nascimento do líder trabalhista Leonel Brizola, fundador do PDT, com ato público diante do Palácio Piratini em Porto Alegre. A homenagem foi feita diante da estátua de Brizola localizada entre a Catedral e o Palácio Piratini.
Juliana Brizola, neta do ex-governador gaúcho e também do Rio de Janeiro, ressaltou na sua fala que os recentes atos extremistas ocorridos em Brasília contra os Três Poderes, dia 8 de janeiro, aumentaram a importância de eventos simbólicos semelhantes, como registrou o jornal “Correio do Povo’ de Porto Alegre: “Acho que é sempre importante relembrar Leonel Brizola por sua história, sua coerência política, sobretudo neste momento. Brizola defendeu a legalidade daqui deste palácio. Sua grande arma foi o microfone de uma rádio, de um porão”, lembrou a parlamentar.
A referência é à requisição da Rádio Guaíba por Brizola, que a instalou nos porões do Palácio Piratini, criando a Rede da Legalidade, em 1961, a cadeia de 104 emissoras de rádio que serviu para mobilizar a populaçãobrasileira e barrar a tentativa de golpe dos ministros militares após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, para tentar impedir a posse então vice-presidente constitucional João Goulart.
“Um povo que não conhece muito bem a sua história tende a repeti-la, de forma equivocada”, afirmou, criticando a anistia aos militares responsáveis pelo golpe de 1964. “Não é revanchismo, mas é importante que se aprenda que tortura e perseguição política não podem voltar, que é necessário respeito ao voto popular”.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi na mesma linha, fazendo analogia entre o movimento da Legalidade de 1961 com a luta atual da sociedade brasileira em defesa da Constituição e lei.