PDT reverencia memória de Leonel Brizola em São Borja

O quarto aniversário da morte de Leonel Brizola foi lembrado em São Borja neste sábado (21/6) em três atos públicos com a presença de militantes e integrantes das direções nacional, estadual e municipal do PDT. A programação incluiu sessão especial da Câmara dos Vereadores de São Borja, deposição de 12 rosas vermelhas no mausoléu de Getúlio Vargas na praça principal da cidade, a XV de Novembro; e visita ao túmulo de Brizola e João Goulart, no cemitério local. 

(Na Câmara Municipal, a mesa que dirigiu os trabalhos)

 
As homenagens contaram com a presença do deputado Vieira da Cunha e do ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidentes nacionais em exercício e licenciado do PDT; do secretário nacional do partido, Manoel Dias; do presidente do PDT gaúcho, Romildo Bolzan Junior; e das duas principais lideranças pedetistas de São Borja: o prefeito Mariovane Weis e o presidente local do partido, Hugo Rubim Pereira.

A sessão na Câmara  começou com uma hora de atraso devido ao frio e ao mau tempo que atrapalharam a chegada da comitiva presidida pelo deputado Vieira da Cunha, procedente de Porto Alegre, por via aérea. O clima também reteve Lupi no Paraná e a sua ausência da fase inicial foi justificada por Vieira da Cunha.

(Lupi deposita flores no jazigo da família Goulart, onde Brizola está)

Primeiro orador a falar na sessão especial, o poeta Pedro Emilio leu obra dedicada a Brizola sendo a palavra passada, logo em seguida, para o vereador Celso Lopes (PDT) que falou em nome de seus colegas de Câmara. Lopes definiu Brizola como “homem firme, honesto, verdadeiro exemplo de luta na defesa pelos interesses do povo brasileiro”.
 
“Cada vez que nos reunimos para reverenciar Brizola, lembro do dia do sepultamento de Brizola aqui em São Borja quando um popular, um gaúcho típico de fronteira, de bota, bombacha, camisa branca e lenço colorado no pescoço, ali em frente a greja matriz, no seu último adeus, levou o chapéu ao peito e disse: Brizola não era um homem, era uma pátria”, narrou Celso, acrescentando que o PDT continua sendo “a grande trincheira do povo brasileiro” e, por isso mesmo, precisa zelar por suas fileiras.

O prefeito Mariovane Weiss, sintetizando os 58 anos da vida pública de Brizola, lembrou do dito popular de que a vida começa aos 40. Destacou que Brizola, aos 40 anos,  já tinha sido governador do Rio Grande do Sul, “e que governador”, responsável pela construção de mais de 3.600 escolas que mudaram a vida da população, já tinha liderado a campanha da Legalidade, já tinha nacionalizado multinacionais, criado várias empresas e  já estava pronto para presidir o Brasil -  antes de ser obrigado a viver 15 anos no exílio.

“O maior legado de Brizola é nos ter ensinado a resistir. Ter nos ensinado que os fatos geram personagens, mas são os personagens que conduzem os fatos”. Mariovane destacou que “a grande alavanca para mudar o mundo continua sendo o indivíduo” e uma das maiores lições deixadas por Brizola foi a de persistir na luta por um Brasil mais justo. 
Para o deputado Pompeo de Matos, outro orador da solenidade, cultuar Brizola é também forma “de dar coerência ao PDT”. 

“Nosso grande desafio é seguir os passos de Leonel Brizola, falar sobre a referencia que ele é para todos nós enquanto governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, enquanto deputado federal, enquanto protagonista da sigla que lhe foi tomada - mas que não o impediu de prosseguir com suas convicções, idéias e propósitos”.

Segundo Pompeo, o PDT deve se inspirar permanentemente em Brizola sem perder a perspectiva de que é necessário que os pedetistas construam seus próprios caminhos.

(Vieira da Cunha deposita 12 rosas vermelhas no mausoléu de Getúlio Vargas)

“Não  basta ser filho, não basta ter história – é fundamental que a gente construa nossa própria história. Nosso grande desafio é pegar a memória de Brizola, a sua trajetória política - e dar seqüência e conseqüência a tudo o que ele pregou. Temos que prosseguir na mesma direção, precisamos fazer história usando como instrumento a história e as realizações de Getúlio Vargas, João Goulart, Alberto Pasqualini e Brizola”. 

Pompeo lembrou também que o PDT “é o único partido brasileiro que vai a cemitério, que cultiva seus mortos”:

“Nós vamos a cemitérios porque temos orgulho dos nossos mortos e do que fizeram quando estavam aqui, em vida. São pessoas que, mesmo depois de mortas, são reverenciadas pelo exemplo. Para fazer história, temos que mergulhar na Historia como Brizola fez ao reverenciar Getúlio Vargas, Jango, Pasqualini e outros”.

Vieira da Cunha lembrou que a celebração do 21 de junho somou-se ao 24 de agosto, dia da morte de Getúlio, e ao 6 de dezembro, morte de Jango. “São datas de reflexão para nós, trabalhistas, e para todos os que lutam por um Brasil mais justo e soberano”.

“Estamos aqui em São Borja para reverenciar nosso líder Leonel Brizola e para refletir sobre sua trajetória para aprender com os seus ensinamentos. Prefeito Mariovane, aprendi a respeitar esta terra, a admirá-la, porque este município de 67 mil habitantes é a capital nacional do Trabalhismo. Brizola nos ensinou a importância de vir aqui todo 24 de agosto para homenagear  Vargas. E hoje estamos aqui, seguindo seus passos, para prestar a ele, Brizola, a homenagem e o reconhecimento que ele sempre prestou a Getúlio – por sua importância  na construção do PDT e na tarefa de inundar este país de consciências esclarecidas. A maior homenagem que podemos prestar a Leonel Brizola é prosseguirmos a sua luta”.
Vieira prosseguiu:

“O PDT tem a cara de Leonel Brizola e por isso ele jamais será lugar para corruptos, jamais será lugar para quem se desvia da obrigação de se comportar de acordo com os princípios da transparência, da ética e da moralidade pública – porque a vida de nossos líderes, dos que construíram nosso partido, sempre foi assim. Por isso digo e reafirmo: o PDT não foi, não é e jamais será – sigla para abrigar corruptos”.

(Pompeo de Matos, ao lado do prefeito Mariovane Weis e Matheus Schmidt  visita a exposição fotográfica montada na praça XV de Novembro)

Ao concluir, saudou o 4º Congresso do PDT realizado em Brasília que mostrou que hoje o PDT é um partido nacional, ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. “Agora que se avizinham as eleições municipais de 2008, a maior homenagem que podemos prestar a Brizola é reafirmarmos a força e a pujança do PDT dobrando o número de vereadores e prefeitos. Se Deus quiser, sairemos das eleições com o dobro de vereadores e prefeitos - e dedicaremos a vitória ao grande e saudoso governador Leonel de Moura Brizola”, afirmou.

GETÚLIO – Encerrada a sessão na Câmara, os presentes foram para o mausoléu de Getúlio Vargas, projetado por Oscar Niemeyer, na praça XV de Novembro, a principal de São Borja. Depois da inauguração de uma exposição de fotos organizada pela JS-PDT de São Borja, com fotos das visitas de Brizola a São Borja, inclusive com o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva, Vieira e demais lideranças presentes, entre eles o ex-deputado Matheus Schmidt, ex-presidente do PDT-RS, depositaram 12 rosas vermelhas sobre o túmulo de Vargas. Puxado por Vieira da Cunha, os presentes deram vivas a Getúlio, Jango e Brizola sendo informados em seguida de que avião do ministro Lupi finalmente decolara e chegaria em breve a S. Borja. Os presentes então decidiram almoçar antes da cerimônia, para aguardar Lupi.

O presidente do PDT de São Borja, Hugo Rubim, abriu o ato ao pé do mausoléu da família Goulart, onde estão enterrados, entre outros, Jango, Brizola e dona Neusa. Depois falou o atual presidente do PDT gaúcho, Romildo Bolzan Júnior:
 “Não há lugar no Rio Grande do Sul onde não existam pessoas, geralmente de cabeça branca, que não exaltem Brizola por sua luta. Hoje o grande desafio é trabalhar especialmente a juventude para que nossas teses e posições se renovem, agreguem, para que possamos passar para as novas gerações noções de retidão, de ética, as mesmas que Brizola nos legou. Reverenciar Brizola é reverenciar nossa causa e compromissos”.

Quando Manoel Dias começou a falar, chegou diretamente do aeroporto o ministro Carlos Lupi. Após saudar Lupi, Dias destacou que “ninguém amou o Brasil tanto quanto Brizola, que dedicou sua vida inteira, até em prejuízo da vida pessoal, à luta por um Brasil mais justo”. Segundo Dias, a grande tarefa dos pedetistas, hoje, “é transformar o partido no instrumento da revolução que Brizola sempre sonhou”.

 Manoel Dias citou a Universidade Leonel Brizola, de ensino à distancia, pela TV, como uma das ferramentas para alcançar esse objetivo – e assinalou que a romaria anual a São Borja deveria ser feita por cada militante do PDT “como forma de recarregar as baterias e reafirmar a convicção de defesa do Trabalhismo”. 
Citando as presenças de Lupi e de Vieira da Cunhal, Manoel Dias assinalou ainda:

 “Estamos todos aqui irmanados em torno da memória de Brizola e é importante dizer que nenhum de nós é igual a Brizola porque ele é inigualável, nenhum de nós pode alcançar o que ele foi em termos de liderança porque homens como Brizola ganham até uma nova dimensão depois de mortos. Hoje Brizola é unanimidade nacional e até os que divergiam dele em vida, reconhecem hoje que ele era um homem que amava o Brasil, os trabalhadores e lutou a vida inteira para fazer do Brasil uma potencia mundial. Por isso temos que nos dedicar, cada vez mais, para fazer do PDT o grande instrumento que Brizola sonhou para lutar por um Brasil melhor”.
 
Juliana Brizola, neta e única representante da família, reforçou a idéia de que os pedetistas precisam, pelo menos uma vez por ano que seja, ir a São Borja para refletir sobre a vida e a obra dos três grandes líderes do Trabalhismo – Vargas, Jango e Brizola – “homens honrados, fiéis ao povo e defensores dos interesses nacionais”. 

(Vieira, acompanhado de Hugo Rubin, presidente do PDT de São Borja, coloca flores no jazigo da família Goulart onde estão Jango, Brizola e Neusa)

Encerrando a programação, último a falar, o ministro Carlos Lupi relatou sua dificuldade para chegar para aquela homenagem, falou de sua passagem por Foz do Iguaçu, por Londrina, por Arapongas e de sua angustia para chegar a São Borja. Afirmou também que o grande desafio do PDT “é continuar a luta pelas principais bandeiras do partido para fazer com que o exemplo  de Brizola não seja esquecido”. 

“Não podemos desonrar a memória desse homem que pagou o preço alto do exílio por sonhar com um Brasil livre e independente, que não admitiu a escravidão do povo brasileiro. Brizola, homem do campo, um gaúcho da fronteira, é uma pessoa que não pode  cair no esquecimento. Nossa tarefa, companheiro Vieira da Cunha, é explicar aos brasileiros que a luta de Brizola não foi em vão, que sua luta valeu a pena porque o Trabalhismo vai continuar incomodando as elites”. 

Lupi acrescentou:

“Não há outro caminho que não seja o da defesa dos direitos dos trabalhadores, a defesa da construção de uma pátria livre e independente e a educação de nosso povo. A data 21 de junho é um marco – o da continuidade da história daquele que nos encantou e se chamava Leonel Brizola. Não podemos decepcioná-lo, onde quer que esteja. Quero dizer, como o jornaleiro que ele conheceu e que hoje é ministro de Estado, que não vou decepcioná-lo”.

 O ato se encerrou com gritos de “Viva Brizola!” e “Viva o PDT!”, puxados pelo deputado Vieira da Cunha. (OPM)
 
O quarto aniversário da morte de Leonel Brizola foi lembrado em São Borja neste sábado (21/6) em três atos públicos com a presença de militantes e integrantes das direções nacional, estadual e municipal do PDT. A programação incluiu sessão especial da Câmara dos Vereadores de São Borja, deposição de 12 rosas vermelhas no mausoléu de Getúlio Vargas na praça principal da cidade, a XV de Novembro; e visita ao túmulo de Brizola e João Goulart, no cemitério local. 

(Na Câmara Municipal, a mesa que dirigiu os trabalhos)

 
As homenagens contaram com a presença do deputado Vieira da Cunha e do ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidentes nacionais em exercício e licenciado do PDT; do secretário nacional do partido, Manoel Dias; do presidente do PDT gaúcho, Romildo Bolzan Junior; e das duas principais lideranças pedetistas de São Borja: o prefeito Mariovane Weis e o presidente local do partido, Hugo Rubim Pereira.
A sessão na Câmara  começou com uma hora de atraso devido ao frio e ao mau tempo que atrapalharam a chegada da comitiva presidida pelo deputado Vieira da Cunha, procedente de Porto Alegre, por via aérea. O clima também reteve Lupi no Paraná e a sua ausência da fase inicial foi justificada por Vieira da Cunha.

(Lupi deposita flores no jazigo da família Goulart, onde Brizola está)

Primeiro orador a falar na sessão especial, o poeta Pedro Emilio leu obra dedicada a Brizola sendo a palavra passada, logo em seguida, para o vereador Celso Lopes (PDT) que falou em nome de seus colegas de Câmara. Lopes definiu Brizola como “homem firme, honesto, verdadeiro exemplo de luta na defesa pelos interesses do povo brasileiro”.
 
“Cada vez que nos reunimos para reverenciar Brizola, lembro do dia do sepultamento de Brizola aqui em São Borja quando um popular, um gaúcho típico de fronteira, de bota, bombacha, camisa branca e lenço colorado no pescoço, ali em frente a greja matriz, no seu último adeus, levou o chapéu ao peito e disse: Brizola não era um homem, era uma pátria”, narrou Celso, acrescentando que o PDT continua sendo “a grande trincheira do povo brasileiro” e, por isso mesmo, precisa zelar por suas fileiras.

O prefeito Mariovane Weiss, sintetizando os 58 anos da vida pública de Brizola, lembrou do dito popular de que a vida começa aos 40. Destacou que Brizola, aos 40 anos,  já tinha sido governador do Rio Grande do Sul, “e que governador”, responsável pela construção de mais de 3.600 escolas que mudaram a vida da população, já tinha liderado a campanha da Legalidade, já tinha nacionalizado multinacionais, criado várias empresas e  já estava pronto para presidir o Brasil –  antes de ser obrigado a viver 15 anos no exílio.

“O maior legado de Brizola é nos ter ensinado a resistir. Ter nos ensinado que os fatos geram personagens, mas são os personagens que conduzem os fatos”. Mariovane destacou que “a grande alavanca para mudar o mundo continua sendo o indivíduo” e uma das maiores lições deixadas por Brizola foi a de persistir na luta por um Brasil mais justo. 
Para o deputado Pompeo de Matos, outro orador da solenidade, cultuar Brizola é também forma “de dar coerência ao PDT”. 

“Nosso grande desafio é seguir os passos de Leonel Brizola, falar sobre a referencia que ele é para todos nós enquanto governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, enquanto deputado federal, enquanto protagonista da sigla que lhe foi tomada – mas que não o impediu de prosseguir com suas convicções, idéias e propósitos”.

Segundo Pompeo, o PDT deve se inspirar permanentemente em Brizola sem perder a perspectiva de que é necessário que os pedetistas construam seus próprios caminhos.

(Vieira da Cunha deposita 12 rosas vermelhas no mausoléu de Getúlio Vargas)

“Não  basta ser filho, não basta ter história – é fundamental que a gente construa nossa própria história. Nosso grande desafio é pegar a memória de Brizola, a sua trajetória política – e dar seqüência e conseqüência a tudo o que ele pregou. Temos que prosseguir na mesma direção, precisamos fazer história usando como instrumento a história e as realizações de Getúlio Vargas, João Goulart, Alberto Pasqualini e Brizola”. 

Pompeo lembrou também que o PDT “é o único partido brasileiro que vai a cemitério, que cultiva seus mortos”:

“Nós vamos a cemitérios porque temos orgulho dos nossos mortos e do que fizeram quando estavam aqui, em vida. São pessoas que, mesmo depois de mortas, são reverenciadas pelo exemplo. Para fazer história, temos que mergulhar na Historia como Brizola fez ao reverenciar Getúlio Vargas, Jango, Pasqualini e outros”.

Vieira da Cunha lembrou que a celebração do 21 de junho somou-se ao 24 de agosto, dia da morte de Getúlio, e ao 6 de dezembro, morte de Jango. “São datas de reflexão para nós, trabalhistas, e para todos os que lutam por um Brasil mais justo e soberano”.

“Estamos aqui em São Borja para reverenciar nosso líder Leonel Brizola e para refletir sobre sua trajetória para aprender com os seus ensinamentos. Prefeito Mariovane, aprendi a respeitar esta terra, a admirá-la, porque este município de 67 mil habitantes é a capital nacional do Trabalhismo. Brizola nos ensinou a importância de vir aqui todo 24 de agosto para homenagear  Vargas. E hoje estamos aqui, seguindo seus passos, para prestar a ele, Brizola, a homenagem e o reconhecimento que ele sempre prestou a Getúlio – por sua importância  na construção do PDT e na tarefa de inundar este país de consciências esclarecidas. A maior homenagem que podemos prestar a Leonel Brizola é prosseguirmos a sua luta”.
Vieira prosseguiu:

“O PDT tem a cara de Leonel Brizola e por isso ele jamais será lugar para corruptos, jamais será lugar para quem se desvia da obrigação de se comportar de acordo com os princípios da transparência, da ética e da moralidade pública – porque a vida de nossos líderes, dos que construíram nosso partido, sempre foi assim. Por isso digo e reafirmo: o PDT não foi, não é e jamais será – sigla para abrigar corruptos”.

(Pompeo de Matos, ao lado do prefeito Mariovane Weis e Matheus Schmidt  visita a exposição fotográfica montada na praça XV de Novembro)

Ao concluir, saudou o 4º Congresso do PDT realizado em Brasília que mostrou que hoje o PDT é um partido nacional, ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. “Agora que se avizinham as eleições municipais de 2008, a maior homenagem que podemos prestar a Brizola é reafirmarmos a força e a pujança do PDT dobrando o número de vereadores e prefeitos. Se Deus quiser, sairemos das eleições com o dobro de vereadores e prefeitos – e dedicaremos a vitória ao grande e saudoso governador Leonel de Moura Brizola”, afirmou.

GETÚLIO – Encerrada a sessão na Câmara, os presentes foram para o mausoléu de Getúlio Vargas, projetado por Oscar Niemeyer, na praça XV de Novembro, a principal de São Borja. Depois da inauguração de uma exposição de fotos organizada pela JS-PDT de São Borja, com fotos das visitas de Brizola a São Borja, inclusive com o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva, Vieira e demais lideranças presentes, entre eles o ex-deputado Matheus Schmidt, ex-presidente do PDT-RS, depositaram 12 rosas vermelhas sobre o túmulo de Vargas. Puxado por Vieira da Cunha, os presentes deram vivas a Getúlio, Jango e Brizola sendo informados em seguida de que avião do ministro Lupi finalmente decolara e chegaria em breve a S. Borja. Os presentes então decidiram almoçar antes da cerimônia, para aguardar Lupi.

O presidente do PDT de São Borja, Hugo Rubim, abriu o ato ao pé do mausoléu da família Goulart, onde estão enterrados, entre outros, Jango, Brizola e dona Neusa. Depois falou o atual presidente do PDT gaúcho, Romildo Bolzan Júnior:
 “Não há lugar no Rio Grande do Sul onde não existam pessoas, geralmente de cabeça branca, que não exaltem Brizola por sua luta. Hoje o grande desafio é trabalhar especialmente a juventude para que nossas teses e posições se renovem, agreguem, para que possamos passar para as novas gerações noções de retidão, de ética, as mesmas que Brizola nos legou. Reverenciar Brizola é reverenciar nossa causa e compromissos”.

Quando Manoel Dias começou a falar, chegou diretamente do aeroporto o ministro Carlos Lupi. Após saudar Lupi, Dias destacou que “ninguém amou o Brasil tanto quanto Brizola, que dedicou sua vida inteira, até em prejuízo da vida pessoal, à luta por um Brasil mais justo”. Segundo Dias, a grande tarefa dos pedetistas, hoje, “é transformar o partido no instrumento da revolução que Brizola sempre sonhou”.
 Manoel Dias citou a Universidade Leonel Brizola, de ensino à distancia, pela TV, como uma das ferramentas para alcançar esse objetivo – e assinalou que a romaria anual a São Borja deveria ser feita por cada militante do PDT “como forma de recarregar as baterias e reafirmar a convicção de defesa do Trabalhismo”. 
Citando as presenças de Lupi e de Vieira da Cunhal, Manoel Dias assinalou ainda:

 “Estamos todos aqui irmanados em torno da memória de Brizola e é importante dizer que nenhum de nós é igual a Brizola porque ele é inigualável, nenhum de nós pode alcançar o que ele foi em termos de liderança porque homens como Brizola ganham até uma nova dimensão depois de mortos. Hoje Brizola é unanimidade nacional e até os que divergiam dele em vida, reconhecem hoje que ele era um homem que amava o Brasil, os trabalhadores e lutou a vida inteira para fazer do Brasil uma potencia mundial. Por isso temos que nos dedicar, cada vez mais, para fazer do PDT o grande instrumento que Brizola sonhou para lutar por um Brasil melhor”.
 
Juliana Brizola, neta e única representante da família, reforçou a idéia de que os pedetistas precisam, pelo menos uma vez por ano que seja, ir a São Borja para refletir sobre a vida e a obra dos três grandes líderes do Trabalhismo – Vargas, Jango e Brizola – “homens honrados, fiéis ao povo e defensores dos interesses nacionais”. 

(Vieira, acompanhado de Hugo Rubin, presidente do PDT de São Borja, coloca flores no jazigo da família Goulart onde estão Jango, Brizola e Neusa)

Encerrando a programação, último a falar, o ministro Carlos Lupi relatou sua dificuldade para chegar para aquela homenagem, falou de sua passagem por Foz do Iguaçu, por Londrina, por Arapongas e de sua angustia para chegar a São Borja. Afirmou também que o grande desafio do PDT “é continuar a luta pelas principais bandeiras do partido para fazer com que o exemplo  de Brizola não seja esquecido”. 

“Não podemos desonrar a memória desse homem que pagou o preço alto do exílio por sonhar com um Brasil livre e independente, que não admitiu a escravidão do povo brasileiro. Brizola, homem do campo, um gaúcho da fronteira, é uma pessoa que não pode  cair no esquecimento. Nossa tarefa, companheiro Vieira da Cunha, é explicar aos brasileiros que a luta de Brizola não foi em vão, que sua luta valeu a pena porque o Trabalhismo vai continuar incomodando as elites”. 

Lupi acrescentou:

“Não há outro caminho que não seja o da defesa dos direitos dos trabalhadores, a defesa da construção de uma pátria livre e independente e a educação de nosso povo. A data 21 de junho é um marco – o da continuidade da história daquele que nos encantou e se chamava Leonel Brizola. Não podemos decepcioná-lo, onde quer que esteja. Quero dizer, como o jornaleiro que ele conheceu e que hoje é ministro de Estado, que não vou decepcioná-lo”.

 O ato se encerrou com gritos de “Viva Brizola!” e “Viva o PDT!”, puxados pelo deputado Vieira da Cunha. (OPM)
 
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