Hoje, dia 11 de junho de 2023, o governador Roberto Silveira (PTB) estaria completando 100 anos se não tivesse, em 1961, no Palácio Rio Negro, em Petrópolis, sofrido o desastre de helicóptero que o vitimou aos 38 anos de idade. Roberto Silveira, político em alta e com futuro promissor, como Leonel Brizola, filiou-se ao PTB em 1945 e em 1947 se elegeu deputado estadual constituinte pelo antigo Rio de Janeiro.
Estudante pobre, filho de família de imigrantes estabelecida em Bom Jesus de Itabapoana, no Norte Fluminense, Roberto Silveira ainda acadêmico de Direito em Niterói, trabalhou como jornalista, radialista e redator do departamento estadual de propaganda do governo estadual, além de secretário do jornal niteroienses “Diário da Manhã”.
Reeleito deputado estadual em 1950, tornou-se secretário do Interior e Justiça no governo de Ernani do Amaral Peixoto, genro do presidente Getúlio Vargas. Em 1953 se elegeu vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, na chapa do governador Miguel Couto Filho; tornando-se presidente estadual do PTB em 1954.
Ainda em 1954, Miguel Couto deixou o governo para concorrer a uma vaga no Senado e Roberto Silveira preferiu não ocupar o seu lugar, candidatando-se ao cargo de governador para o mandato seguinte. Venceu as eleições em outubro com uma expressiva votação, pela coligação do PTB com a UDN fluminense, presidida pelo seu amigo de longa data Jorge Loretti. Tomou posse em janeiro de 1959.
Apontado como provável sucessor a João Goulart da liderança do PTB, contemporâneo de Leonel Brizola na luta política, Roberto Silveira morreu em 1961 em consequência da queda do helicóptero em que viajava para verificar as áreas inundadas na região serrana do estado. O acidente ocorreu quando o aparelho decolava do Palácio Rio Negro e a aeronave colidiu com uma das palmeiras que circundam os jardins do palácio.
Perderam também as vidas no acidente, o piloto, Capitão de Fragata José Eduardo Ribeiro Fraga; o jornalista Luís Paulistano; sendo o único sobrevivente o fotógrafo Élcio Reginaldo dos Santos, com graves queimaduras. Roberto Silveira, nas últimas cinco décadas foi uma das personalidades mais homenageadas no Estado do Rio, nome de ruas, avenidas e praças e escolas em vários municípios.