Atos em São Borja e Niterói marcaram os 71 anos da morte do presidente com leitura da Carta Testamento
No último fim de semana, o PDT promoveu uma série de atividades em homenagem a Getúlio Vargas, no marco dos 71 anos de sua morte. Os eventos reafirmaram a defesa da soberania nacional – pauta urgente no Brasil hoje – e lembraram o legado do presidente que marcou a história com as maiores conquistas sociais e trabalhistas do país.
Em São Borja (RS), cidade natal de Vargas, as homenagens começaram na sexta-feira (22) com sessão solene na Câmara de Vereadores, que exibiu o documentário “Vargas, a Transformação do Brasil”. No sábado (23), lideranças pedetistas visitaram o Mausoléu de Vargas, na Praça XV, e participaram de uma programação que incluiu visita ao jazigo do presidente João Goulart e do governador Leonel Brizola, no Cemitério Jardim da Paz. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e Juliana Brizola, presidente da Ação da Mulher Trabalhista, estiveram presentes, ao lado de familiares e militantes trabalhistas.
No domingo (24), a memória de Vargas foi reverenciada em Niterói (RJ), com um ato em defesa da soberania nacional realizado na Praça Getúlio Vargas, na Praia de Icaraí. A atividade reuniu militantes, movimentos sociais e dirigentes do PDT para a leitura da Carta Testamento, maior documento político da história brasileira.
O presidente Vargas já havia afirmado: “A finalidade do Estado é promover a justiça social, mas não há justiça social sem desenvolvimento e não há desenvolvimento sem soberania”. O PDT resgatou essa mensagem destacando que os desafios enfrentados em 1954 permanecem atuais diante das pressões externas e da exploração das riquezas nacionais.
No início do mês, o PDT e outros seis partidos progressistas — PT, PV, PCdoB, PSOL, PSB e Rede — assinaram manifesto conjunto contra o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos, em clara tentativa de interferência política e jurídica no Brasil. O documento denuncia as pressões internacionais e reafirma a defesa da democracia, do povo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal, também alvo dos ataques.
“Ao tentar punir o Brasil por suas escolhas internas, o presidente Donald Trump busca impedir que o Brasil exerça plenamente sua soberania sobre nossas riquezas e interferir em nossa liberdade de estabelecer relações diplomáticas com outras potências emergentes”, registra a nota progressista.
Para Osvaldo Maneschy, dirigente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e do Movimento em Defesa da Soberania Nacional (MDSN), a data é um chamado à resistência. “O momento exige discutir soberania à luz da comunicação e da informação popular diante da ação nefasta das big techs; soberania à luz das questões que afetam ao mundo do trabalho e da livre iniciativa; soberania para o povo brasileiro se beneficiar de riquezas naturais como água, petróleo, nióbio, terras raras e tantas outras”, afirmou.
A homenagem também contou com a exibição do documentário “Vargas, a Transformação do Brasil” em TVs comunitárias de diversas capitais e na Telesur, ampliando o alcance da reflexão sobre a Era Vargas e a sua contribuição decisiva para a construção de um Brasil soberano.