PDT defende Auxílio Brasil e salário mínimo fora do teto de gastos


Bruno Ribeiro
17/11/2022

Lupi destaca que PEC da Transição de Lula busca garantir recursos para investimentos sociais em 2023

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, manifestou, nesta quinta-feira (17), que o PDT defende a exclusão do Auxílio Brasil e do reajuste do salário mínimo do teto de gastos em 2023. A posição referenda a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição apresentada pela equipe do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Congresso Nacional na noite de ontem (16).

O texto da proposta propõe R$ 175 bilhões excedentes ao limite anual de despesas para investimento social, o que representará 25% do montante enviado por Jair Bolsonaro, em 2022, ao sistema financeiro para rolagem da dívida pública. Ao todo, o Tesouro Nacional gastará R$ 700 bilhões com juros e amortização.

“Ultrapassar o teto em R$ 175 bi para amparo social não deveria ser problema para o mercado. Não há crescimento sem desenvolvimento social. Somos favoráveis à PEC da Transição e ao fim do teto para programas sociais”, pontuou o ex-ministro do Trabalho e Emprego, em vídeo nas redes sociais.

“Nós, do PDT, vamos fechar questão em reunião com a bancada. […] A bolsa de valores tem que entender que o que precisa crescer é a economia para gerar emprego e renda”, completou, ao anunciar a mobilização de deputados e senadores do partido para aprovar a proposta.

Em 2021, o governo Bolsonaro reservou cerca de R$ 445 bilhões para o pagamento da dívida brasileira. O volume total do saldo devedor chegará, neste ano, ao patamar de R$ 5,6 trilhões.

Foto: Diego Vara/REUTERS

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