No Rio de Janeiro, Lupi debate com Diretório Nacional evolução das ações focadas nas eleições de 2026
O PDT reuniu o Diretório Nacional neste sábado (6), no Rio de Janeiro (RJ), para consolidar o planejamento estratégico e avançar com o processo de formação de chapas competitivas nos estados. Liderado pelo presidente nacional, Carlos Lupi, o encontro proporcionou o debate sobre as ações que garantirão, nas eleições de 2026, a ampliação das bancadas no Congresso e a superação da cláusula de barreira.
Com a presença da Executiva Nacional, de presidentes estaduais, de prefeitos, de parlamentares e membros dos movimentos, a atividade lotou o auditório da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e abordou ainda as conjunturas locais, o fortalecimento dos movimentos e a construção de ações integradas de qualificação e mobilização. Na sexta-feira (5), lideranças dos movimentos estiveram reunidos com Lupi para debater indicativos temáticos que foram incorporados à pauta analisada.
Ao exaltar a força do partido para seguir sem realizar federação com outras siglas, Lupi fez uma avaliação do progresso do partido e o potencial de ampliar as bancadas.
“Temos que ter noção prática das nossas ações para superar a cláusula de barreira e ter, no Congresso Nacional, uma bancada fortalecida. É um dos nossos instrumentos de luta. Temos capacidade para resistir e enfrentar. Ao lado dos torturados, jamais. Minha estrela de luz é Leonel Brizola”, afirmou, ao anunciar a filiação do ex-senador e ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates, que ocorrerá em Natal (RN) na próxima sexta-feira (12).
“Nenhuma federação deu certo até hoje. Nós temos que sonhar e acreditar nas nossas ideias. O Trabalhismo tem uma história única. Comigo presidente, o PDT nunca será puxadinho de ninguém. Faremos, sim, alianças para avançar”, completou.
Vice-presidente nacional e presidente estadual da sigla no Ceará, o deputado federal André Figueiredo valorizou a história do partido para seguir construindo uma atuação marcante do Trabalhismo.
“Temos a responsabilidade de manter a chama de Brizola viva e Lupi tem percorrido todas as unidades federativas para fortalecer o partido com a chegada de quadros como o Requião. O PDT é uma voz que não se curva a pressões e uma trincheira de resistência democrática“, comentou, ao exaltar a trajetória de Manoel Dias.
Juliana Brizola, presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT) e pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, ratificou a posição de buscar a transformação do estado a partir das bandeiras e valores do PDT e seus líderes.
“A candidatura é uma missão, pois sou soldada do PDT. Tenho compromisso com o meu único partido e vejo o chamamento do povo. Desconsidero a necessidade de fusão, pois temos que manter a nossa identidade. Nós temos legitimidade nas conquistas dos brasileiros. O PDT vai comandar essa revolução com a força de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola”, garantiu.
Ex-governador do Paraná, Roberto Requião apresentou uma proposta de construção de um programa que promova um desenvolvimento econômico socialmente responsável. O documento será analisado internamente sob a coordenação da FLB-AP.
“Proponho que o PDT discuta e elabore um programa de desenvolvimento, com quatro ou cinco princípios básicos, que guie a nação para o povo. Nosso programa deve transcender questões políticas e correntes de opinião. É focar na promoção da qualidade de vida do povo a partir de recursos em educação, saúde e infraestrutura”, detalhou, ao criticar a independência do Banco Central, a realidade da taxa de juros e o valor do salário mínimo.
Presidente do PDT no Distrito Federal, a senadora Leila do Vôlei indicou que o Trabalhismo está em evidência para buscar as cadeiras no parlamento.
“Não podemos abrir mão da nossa essência e energia. Seguimos lutando pelas nossas ideias e buscando a proposição de pautas efetivas para o povo. Estamos reconectados com as bases para vencer”, abordou.
Martha Rocha, secretária de Assistência Social e presidente estadual em exercício do PDT no Rio de Janeiro, evidenciou o potencial do partido para mobilizar lideranças orgânicas para ampliar a bancada na Câmara e assembleias.
“A nominata não pode ser só responsabilidade de quem estão ocupando cargos na Executiva. Temos que sair com a responsabilidade de construir nominatas fortes, pois não precisamos fazer federação“, abordou.
Resolução aprovada
Durante a atividade, o colegiado acolheu a resolução, proposta pela Ação da Mulher Trabalhista (AMT), que garante a designação de 30% de cargos no executivo ou legislativo para indicação de filiadas indicadas pelo movimento, bem como critérios sobre os fundos partidário e eleitorais e procedimentos para combater a violência de gênero.
O documento indicou ainda que núcleos de base também terão, na nomenclatura, o nome de Manoel Dias, secretário-geral nacional e presidente da FLB-AP, como forma de homenageá-lo.
