Lupi aponta projeto integrado do PDT como saída democrática para o Brasil


Da Redação
03/09/2021

Seminário virtual realizado pela CSB mobilizou lideranças de partidos do campo progressista

“O nosso lado é da imensa maioria que é tratada como minoria”, afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao apontar o projeto integrado da sigla como saída democrática para o Brasil, em 2022.  No seminário virtual promovido pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), nesta sexta-feira (3), o pedetista debateu a pauta com lideranças de partidos políticos do campo progressista.

O painel de encerramento “A defesa da democracia e da Constituição Nacional”, que foi mediado pelo presidente nacional da entidade sindical e presidente do PDT na capital paulista, Antonio Neto, contou, além de Lupi, com os presidentes nacionais do PSB, Cidadania e PSOL, Carlos Siqueira, Roberto Freire e Juliano Medeiros, respectivamente.

Com o Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) aprimorado pelo pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, Lupi salientou a importância do trabalhador no processo transformador do país.

“É claro que precisamos discutir todo o projeto de Brasil que nós queremos. É isso através da candidatura do Ciro, o meu partido PDT quer fazer”, garantiu.

“A sociedade precisa ser mais coletiva e humana. Temos que aprofundar essa democracia com projeto plural, democrático, profundo, onde todos possam opinar”, acrescentou, vinculando a realização de plebiscitos para aprovação popular.

Sobre a vertente baseada em reformas estruturantes, Lupi coloca como prioridade as mudanças no mercado de capital, que é dominado por uma elite segregacionista. Para ele, “a sociedade não vai avançar com um povo miserável”.

“Nós temos que discutir o Estado que queremos. A grande reforma que o Estado tem que começar a fazer é na estrutura feudal e antiquado do sistema financeiro, que corrói o crescimento de qualquer país”, disse.

“Não consigo entender ainda uma nova forma de sociedade moderna que seja com salário digno para ajudar a distribuir renda. A grande política que faz distribuir renda não é a compensatória, mas de salário com eficiência e competência”, opinou.

Atuação legal

Perante a responsabilidade do Congresso Nacional, o líder pedetista cobrou a atuação, em destaque do presidente da Câmara, Arthur Lira, para que o presidente da República seja investigado, afastado e punido pela série de crimes de responsabilidade realizados ao longo do mandato.

“Tirar Bolsonaro do poder. Derrotá-lo com impeachment, desmoralizando, denunciando e nas urnas também. Essa é a missão número um de quem ama esse país”, comentou, enaltecendo a atuação coerente dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao desqualificar as ameaças e o terror feitos pelo bolsonarismo contra a pátria democrática, Lupi ratificou a necessidade de enfrentamento do fascismo em todos os campos, inclusive no político.

“O momento que o Brasil e o mundo vivem não permite possibilidade do golpe tradicional, com Forças Armadas tomando e vem o Exército e Marinha com armas para prender. Não existe. Isso é uma técnica que o grupo dos ignorantes e seus seguidores de quem estão no poder”, avaliou.

“Tentam fazer para segurar uma base ideológica direitosa, raivosa e odienta, que quer fazer da ameaça uma espécie de prisão psicológica para a sociedade”, encerrou.

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