Em Niterói, feiras de Economia Solidária movimentaram mais de R$ 2 milhões em 2022


Prefeitura de Niterói
03/01/2023

Prefeitura ampliou o número de espaços de exposição e dobrou o número de empreendedores contemplados no Circuito Arariboia

A Prefeitura de Niterói, administrada pelo PDT, ampliou o número de espaços de exposição e dobrou o número de empreendedores contemplados no Circuito Arariboia, que passou de 300 para 600 artesãos e pequenas empresas, e movimentou mais de R$ 2 milhões com as vendas dos produtos em 2022. A cidade conta com feiras em Icaraí, Centro, Ingá, Itaipu, Piratininga e no Barreto, que são uma boa opção para adquirir alimentos e lembranças para todos os gostos e de faixas de preços variadas.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária é a responsável pela organização do Circuito Arariboia com cogestão do Fórum de Economia Solidária de Niterói. O secretário, Elton Teixeira, destaca que as feiras são uma opção de empreendedorismo que ganhou força no período pós pandemia.

“Em 2022, expandimos o número de feiras pela cidade para oito. Com isso, ampliamos também o número de empreendedores que puderam passar a ter um ponto certo para expor seus produtos. O Circuito Arariboia é um espaço de comercialização e de escoamento da produção local e também uma forma de movimentar a economia da cidade”, disse.

Ao longo de 2022, foram realizadas 216 feiras em toda a cidade, que movimentaram mais de R$ 2 milhões na economia com as vendas dos produtos. Tem opções para todos os gostos e bolsos que vão de arte sustentável, decoração, gastronomia, moda, papelaria, perfumaria até produtos personalizados.

A artesã Vera Lúcia Feistler, de 52 anos, expõe nas feiras do Ingá, Campo de São Bento e Praça das Águas (Centro). Ela conta que o trabalho é uma alternativa de renda no pós-pandemia.

“Trabalho com feira há um ano. Eu trabalhava em comércio com vendas, mas fiquei desempregada. Depois da pandemia, ficou tudo mais difícil. Como eu já fazia artesanato e macramê, resolvi participar das feiras para vender meu material. Também faço peças em alumínio que têm boa saída. A procura é boa, vendo bem”, ressalta.

Mãe de uma menininha de apenas 10 meses, a doceira Fernanda Maria Mendes, de 37 anos, é feirante há 6 meses e não esconde a felicidade de poder conciliar o trabalho com os cuidados com a filha.

“Eu era professora de inglês e já procurava uma forma de mudar de profissão. Depois que tive minha filha, queria alguma coisa que me desse mais tempo para estar com ela, sem parar de trabalhar. Queria um lugar para começar a vender meus produtos, mas buscava algo acolhedor, não só para vender. Entrar no Circuito Arariboia foi muito simples e rápido. Fiz contato com o pessoal da feira, me cadastrei na Casa Azul (Casa Paul Singer de Economia Solidária) e foi do jeito que imaginei com acolhimento, humanidade e solidariedade”, revela. A doceira participa das feiras do Ingá, Campo de São Bento e de Itaipu.

Moradora do Ingá, Verônica Moraes, de 42 anos, procura sempre prestigiar o comércio local.

“Procuro prestigiar a feira que é do meu bairro, então de vez em quando estou aqui. Eu gosto de valorizar o trabalho local e fazer o dinheiro circular onde a gente mora”, disse.

Frequentadora assídua da feira na Praça César Tinoco, Estela Suzana, de 70 anos, mora no Centro e aproveita para caminhar, pela orla, todas as quartas, até a praça.

“Fiz minha lista para ver as lembrancinhas do fim de ano aqui. Sempre tem os panos que são muito interessantes e tem as ‘bijus’ que são ótimas. É importante valorizar a economia local, eles trabalham com amor e vão ganhando o coração da gente também”, afirma Estela.

O Circuito Arariboia acontece em dias e regiões diferentes da cidade, da Zona Norte à Região Oceânica. São diversas barracas com produtos artesanais, trabalhos manuais, produtos orgânicos e arte popular que inclui artesanato, frutas, verduras e legumes da agricultura familiar, gastronomia artesanal e outros produtos que respeitam a produção local, o meio ambiente, a sustentabilidade e o comércio justo. As atividades acontecem de quarta a domingo.

Às quartas é realizada a feira do Ingá, na Praça César Tinoco, das 8h às 14h. Na quinta, o Centro recebe a feira ao lado do Terminal João Goulart, na Avenida Visconde do Rio Branco. A feira acontece de forma quinzenal, das 7h às 18h.

A Praça das Águas, no início da Av. Amaral Peixoto, sedia a feira nas sextas, a cada quinze dias, das 8h às 14h. Já a feira da Praça Dom Navarro, na Ary Parreiras (Icaraí), acontece das 8h às 16h.

No sábado, o Circuito acontece em três locais: em Icaraí, no Barreto e Itaipu. A feira do Campo de São Bento começa às 8h e vai até às 14h, e acontece quinzenalmente, com encontro. No Barreto, a feira acontece dentro do Horto do Barreto, das 7h às 15h. Já na Região Oceânica, o espaço fica na Praça das Amendoeiras, próximo ao ponto final do ônibus 38, das 8h às 18h.

Aos domingos, a feira do Circuito de Economia Solidária conta com a feira de Piratininga que acontece de forma quinzenal, das 8h às 17h, na Praça Luiz Gomes, também conhecida como Praça do Tobogã.

O Circuito Arariboia de Economia Solidária foi estabelecido como uma das ações da Política Municipal de Economia Solidária, Lei 3.473 de janeiro de 2020. Mais informações sobre o movimento de economia solidária na cidade pelo site www.ecosolniteroi.org.

Empreendedorismo em alta – Com a pandemia de Covid-19 e o fechamento de muitos postos de trabalho, o empreendedorismo passou a ser uma alternativa ao desemprego. De acordo com números do portal do empreendedor, Niterói possui mais de 52 mil Microempreendores Individuais (MEIs) formalizados na cidade.

A Casa do Empreendedor, gerida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, atende uma média de 700 pessoas por mês. Dentre os serviços prestados estão: abertura de cadastro dos microempreendedores individuais (MEIs); a alteração de dados cadastrais; a viabilidade de local para novos empreendimentos e a emissão de alvarás. Entre as categorias que mais solicitaram formalização na Casa do Empreendedor, em 2022, estão: cabeleireiro, fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar, comerciantes de artigos de vestuários e acessórios, promotor de vendas independentes e instrutor de cursos preparatórios independente.

Casa da Economia Solidária Paul Singer – Criada em julho de 2019, o local é o primeiro centro público municipal de referência em economia solidária no Estado do Rio. O objetivo é que seja um espaço de acolhimento, formação, capacitação e orientação aos empreendedores da economia solidária, cooperativas e associações, que recebe trabalhadores de Niterói e de municípios vizinhos.

A Casa conta com um espaço de comercialização, onde diversos produtores podem expor e vender seus produtos feitos de maneira artesanal, como roupas, mel, sabonetes, itens de casa etc. Além disso, o local possui uma sala de atendimento psicossocial e uma área destinada ao Fórum de Economia Solidária, sendo gerenciada de maneira compartilhada, com recursos de convênio firmado com o Ministério do Trabalho/Secretaria Nacional de Economia Solidária. A Casa da Economia Solidária Paul Singer fica na Avenida Amaral Peixoto, 901, Centro. Informações pelo telefone 2717-8350.

Casa do Artesão e Feiras de Artesanato – As Feiras de Artesanato são uma tradição em Niterói, um patrimônio cultural da cidade. Organizadas pela Secretaria das Culturas, por meio da Casa do Artesão, as feiras ocorrem no Campo de São Bento, na Praça César Tinoco no Ingá, na Orla de São Francisco, na Praça Getúlio Vargas em Icaraí e na Praça Zumbi, no Gragoatá. Além da grande variedade de produtos e opções de gastronomia, das 175 edições das feiras de 2022, cerca de 10 contaram com uma vasta programação artística como: teatro infantil, contação de histórias, entre outras.

O secretário municipal das Culturas, Alexandre Santini, explica que as feiras são importantes para a cidade, pois preservam a identidade cultural e geram emprego e renda.

“As Feiras de Artesanato são uma tradição em Niterói, que tem um segmento do artesanato extremamente qualificado e presente há muitos anos em todo o território do município. É um importante elemento de economia da cultura”, frisa Santini.

Serviço – Feiras de Economia Solidária:

Quarta-feira: A feira do Ingá fica na Praça César Tinoco, no Ingá, e acontece às quartas, das 8h às 14h.

Quinta-feira: No Centro, a feira funciona ao lado do Terminal João Goulart, na Avenida Visconde do Rio Branco. A feira acontece de forma quinzenal, às quintas-feiras, das 7h às 18h.

Sexta-feira: Na Praça das Águas, no início da Av. Amaral Peixoto, funciona de forma alternada às sextas, das 8h às 14h. Já a feira da Praça Dom Navarro, na Ary Parreiras (Icaraí), acontece das 8h às 16h.

Sábado: Neste dia, o Circuito acontece em três locais: em Icaraí, no Barreto e Itaipu. A feira do Campo de São Bento começa às 8h e vai até às 14h, e acontece quinzenalmente, com encontro. No Barreto, a feira acontece dentro do Parque Palmir Silva (Horto do Barreto), R. Dr Luiz Palmier s/nº, das 7h às 15h. Já na Região Oceânica, o espaço fica na Praça das Amendoeiras, próximo ao ponto final do ônibus 38, das 8h às 18h.

Domingo: Aos domingos, a feira do Circuito de Economia Solidária conta com a feira de Piratininga que vai acontecer de forma quinzenal, das 8h às 17h, na Praça Luiz Gomes, também conhecida como Praça do Tobogã.

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