Ciro defende ampla aliança para 2022


Wellington Penalva
01/12/2020

Em entrevista ao Uol, pedetista diz que bolsonarismo e lulopetismo saem desmoralizados das eleições

 

“Nós estamos extremamente eufóricos com o resultado das eleições”, afirmou Ciro Gomes, na manhã de hoje (1º), durante entrevista à TV Uol. Para o vice-presidente nacional do PDT, o resultado das urnas aponta, principalmente, para uma rejeição clara das forças que protagonizaram a disputa presidencial em 2018: o bolsonarismo e o lulopetismo. Por outro lado, o líder pedetista falou da necessidade de uma ampla aliança – que abarque tanto partidos de esquerda e centro-esquerda quanto legendas de centro-direita – para 2022.

De acordo com a análise eleitoral desenhada por Ciro durante a entrevista, o bolsonarismo e o lulopetismo perderam “de lavada” nessas últimas eleições. Para o pedetista, esse é um bom sinal já que essas forças se retroalimentam apoiando-se uma na outra e não contribuem para por fim a crise econômica, social e política instalada no país.

“O Bolsonaro nunca foi, nem jamais será, popular no Brasil quando o lulopestismo deixar de ser o fator coesionador desse ultraconservadorismo brasileiro. Esse lulopetismo também sai completamente desmoralizado das eleições no Brasil […] Eu espero que essa confrontação odienta seja mandada brigar lá fora para que a gente possa construir aqui, em audiência com a lição das urnas, mas pensando no futuro, um grande esforço de um projeto novo”, avaliou Ciro.

No campo progressista, o PDT foi o partido que mais elegeu prefeitos nessas eleições, com destaque para Sarto em Fortaleza e Edvaldo em Aracajú. Além disso, alianças pedetistas saíram vitoriosas, a exemplo de Salvador, com o DEM, e de Recife, com o PSB. Este cenário deixa evidente o esforço pedetista para pavimentar um caminho sólido para 2022.

Questionado sobre a viabilidade de uma aliança que vá da centro-esquerda à centro-direita para 2022, Ciro foi categórico: “Mais do que viável, acho necessário […] Nós precisamos projetar o futuro do Brasil que, sob o meu ponto de vista, pede o encerramento da ilusão neoliberal e a formulação – em ambiente muito difícil e complexo – de um projeto nacional de desenvolvimento. Esse projeto, para ser viável, tem que tomar uma parte do centro político da sua tradicional relação umbilical com a direita”.

Confira a entrevista completa abaixo.

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